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O papel do pai no Aleitamento Materno

    No Aleitamento Materno o papel do pai também é importante

    Nas famílias modernas surge a necessidade de os pais darem apoio psicológico e assistência às mães, tornando-se importante o papel do pai no aleitamento materno.

    Em estudos efetuados provou-se ser o pai uma figura importante para a prática do aleitamento materno. No entanto, muitos pais não sabem de que maneira podem apoiar as mães, provavelmente devido à falta de preparação. O profissional de saúde deve dar atenção ao novo pai e estimulá-lo a participar neste período vital para a família.

    Além dos pais, os profissionais de saúde devem tentar envolver as pessoas que têm uma participação importante no dia-a-dia das mães e das crianças, como avós, familiares, etc.

    Conciliando a amamentação e o trabalho fora de casa

    O trabalho materno fora do lar é um obstáculo à amamentação. Apesar disso, as taxas de aleitamento materno entre as mães que trabalham fora do lar mostram que é possível conciliar trabalho e amamentação. Conselhos a observar:

    1. Praticar o aleitamento materno exclusivo.
    2. Avaliar no local de trabalho onde poderá retirar e armazenar o leite.
    3. Familiarizar a criança com antecedência (10 a 14 dias) com a pessoa que vai cuidar dela e o alimento que vai receber na sua ausência.
    4. Amamentar o maior número de vezes que puder, quando estiver em casa.
    5. Amamentar logo antes de sair de casa e assim que chegar.
    6. Não alimentar o bebê próximo do horário de chegada da mãe para que o seio seja esgotado durante a mamada.
    7. Evitar ao máximo o uso de biberão no período em que a mãe estiver fora de casa. Se a criança não for muito pequena, alimentá-la com papas ou sumos, usando uma colher ou um copinho.
    8. Durante as horas do trabalho, esgotar o seio manualmente, ou com bomba, e guardar o leite no frigorífico no máximo 24-48 horas.
    9. Oferecer o leite à criança na ausência da mãe ou congelá-lo (até 6 meses).
    10. O leite em estoque nunca deve ser fervido ou colocado no microondas. Deve-se deixar descongelar naturalmente e aquecer em banho-maria.

    Desmame

    Desmame é definido como o processo que se inicia com a introdução de alimentos diferentes do leite materno. Deve ser gradual, com início entre os 4 e 6 meses de idade. Nas comunidades onde o saneamento é precário, recomenda-se atrasar o desmame, caso a criança se esteja desenvolvendo adequadamente.

    Alimentos complementares não são necessários nem recomendáveis antes dos 4 meses, idade em que a criança desenvolve o mecanismo de secreção salivar e a capacidade de mastigação, podendo deglutir alimentos semi-sólidos.

    A partir do 6º mês o aleitamento materno exclusivo pode tornar-se inadequado, uma vez que após essa idade um número crescente de crianças necessita também de outros nutrientes para manter um crescimento adequado.

    A altura para ser retirado completamente o seio depende muito de fatores sociais, econômicos e culturais.

    A Organização Mundial de Saúde preconiza o aleitamento materno exclusivo nos primeiros 4-6 meses de vida e parcial até aos 2 anos, especialmente nas populações de baixo rendimento econômico, uma vez que o leite materno pode ser uma importante fonte de calorias e de proteínas de alto valor biológico no segundo ano de vida.

    As razões mais freqüentes para a interrupção precoce do aleitamento materno são: leite insuficiente, rejeição do seio pela criança, trabalho da mãe fora do lar, “leite fraco”, hospitalização da criança e problemas com o seio.

    Acredita-se que, entre as razões alegadas pelas mães, estão ocultos fatores de ordem emocional e erros técnicos no aleitamento, principalmente a administração de biberões intercalados entre as mamadas no seio.

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    Referências:

    • Aleitamento Materno manual prático, Lilian Mara C. Poli de Castro e Lylian Dalete Soares de Araújo, 2ª edição, Athalaia Gráfica e Editora, Londrina, 2006.
    • Programa de Educação a Distância de medicina Familiar e Ambulatorial – PROFAM – Entrega III, Capítulo 20: Alimentação da criança saudável no primeiro ano de vida, NEC Gráfica, 2002, Argentina.
    • Medicina Ambulatorial: condutas de Atenção Primária Baseadas em Evidências, 3ª Edição, Bruce B. Duncan, Seção III, cap.22, 23 e 24, Artmed, 2004.