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Saúde dos olhos

    Pesquisadores da Universidade Hebraica de Jerusalém, em Israel, descobriram, pela primeira vez, uma proteína específica essencial para a manutenção da saúde ocular.

    O estudo mostra que a proteína S também pode ter implicações para a compreensão e tratamento de outras condições dos sistemas imune, reprodutivo, vascular e nervoso, bem como em vários cânceres.

    O trabalho, publicado na revista Neuron, destaca o papel da proteína S na manutenção de uma retina saudável através da sua participação no processo de poda dos fotorreceptores, neurônios sensíveis à luz no olho. Estes fotorreceptores se mantêm crescendo e alongando a partir de sua extremidade interior.

    De modo a manter um comprimento constante, eles têm de ser removidos de sua extremidade exterior por células especializadas chamadas células epiteliais pigmentares da retina.

    Sem essa ‘poda’, os fotorreceptores iriam sucumbir à toxicidade e degeneração, levando à cegueira. Uma molécula receptora chamada Mer é uma chave na poda dos fotorreceptores, e é, portanto, vital para a saúde da retina. Mutações nos genes Mer de ratos e humanos provocam degeneração da retina, causando perda de visão.

    O novo estudo incide sobre as moléculas que ativam Mer neste mecanismo de poda. Embora duas moléculas – Gas6 e Proteína S – tenham sido identificadas anteriormente, ainda não tinha sido mostrado que elas também desempenham papel em um organismo vivo.

    Para mostrar isso, o pesquisador Tal Burstyn-Cohen e seus colegas descobriram em seus experimentos com animais de laboratório que tanto Gas6 quanto a Proteína S são necessárias para ativar a poda dos fotorreceptores da retina, e, portanto, manter uma retina saudável.
    Essas descobertas podem ter implicações práticas, uma vez que a proteína S também funciona como um anticoagulante potente do sangue.

    Estes resultados abrem novas vias de investigação sobre o papel da proteína S na ativação dos receptores de outros tecidos em que sua função é importante, tal como nos sistemas imunitários, reprodutivo, vascular e nervoso, bem como em vários cânceres onde a ativação de receptores tem sido observada.

    Fonte: isaúde