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Exposição passiva ao cigarro aumenta risco de demência grave

    Pessoas expostas à fumaça ambiental do tabaco tem mais probabilidade de desenvolver síndromes demenciais

    Tabagismo passivo aumenta o risco de demência grave, de acordo com estudo realizado na China, Reino Unido e Estados Unidos.

    A pesquisa com quase 6 mil pessoas em cinco províncias da China revela que aquelas expostas ao fumo passivo têm uma probabilidade maior de desenvolver síndromes demenciais graves.

    O tabagismo passivo é conhecido por causar graves doenças respiratórias e cardiovasculares, incluindo doenças coronárias e câncer de pulmão. No entanto, até agora, tem sido incerto se essa prática aumenta o risco de demência, principalmente devido à falta de pesquisa.

    Estudos anteriores demonstraram uma associação entre a exposição ao fumo passivo e o comprometimento cognitivo, mas este é o primeiro a encontrar uma ligação significativa com síndromes demenciais.

    O pesquisador Ruoling Chen, do Kings College London e seus colegas entrevistaram 5.921 pessoas com idade acima de 60 anos para caracterizar os níveis de exposição ao fumo passivo, tabagismo e avaliar os níveis de síndromes relacionadas à demência.

    Os resultados mostraram que 10% do grupo tiveram síndromes demenciais graves relacionadas com o nível e tempo de exposição ao tabagismo passivo. As associações com síndromes graves foram encontrados em pessoas que nunca fumaram e em ex-fumantes e atuais.

    “O tabagismo passivo deve ser considerado um fator de risco importante para síndromes demenciais graves, como este estudo na China revela. Evitar a exposição ao fumo passivo pode reduzir o risco de demência”, afirma Chen.

    Segundo os pesquisadores, os resultados deste estudo, juntamente com outras pesquisas anteriores, fortalecem a inserção de medidas de saúde pública para proteger as pessoas da exposição à fumaça ambiental do cigarro.

    Fonte: iSaúde