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Cuidado: ingerir açúcar estimula o apetite!

    Equipe de pesquisadores da Yale University School of Medicine, nos EUA, descobriu que a frutose, açúcar muito usado na indústria de alimentos, parece estimular áreas do cérebro ligadas ao apetite, em vez de sinalizar que já é hora de diminuir a ingestão de calorias.

    A pesquisa apoia a ideia de que o consumo de frutose em sucos de fruta e no xarope de milho está envolvido no aumento da incidência de obesidade e diabetes no mundo.

    “A ingestão de frutose produz aumentos menores na circulação de hormônios da saciedade do que a ingestão de glicose. Deste modo, a frutose, possivelmente, aumenta o comportamento de procura de alimentos e aumenta o consumo de alimentos”, afirmam os pesquisadores.

    Kathleen A. Page e seus colegas conduziram um estudo com 20 voluntários saudáveis para examinar fatores neurofisiológicos que podem associar o consumo de frutose e o ganho de peso.

    Primeiro, a atividade cerebral dos voluntários foi medida sem nenhuma intervenção, para avaliar seu estado “normal” durante o jejum.

    Depois, cada participante recebeu 300 ml de uma bebida adocicada. A diferença é que, em metade dos casos, a bebida continha 75 gramas (ou 300 calorias) do açúcar glicose, enquanto nos outros casos o “adoçante” usado era a frutose, na mesma proporção.

    Os pesquisadores descobriram que houve alterações significativas no hipotálamo em alguns participantes.

    Análise realizada após 15 minutos mostrou que quem bebeu glicose teve uma redução significativa da atividade do hipotálamo (medida pelo fluxo sanguíneo nessa região do cérebro). Segundo os pesquisadores, era como se o sinal de apetite tivesse diminuído.

    Já a ingestão de frutose não causou nenhuma alteração no hipotálamo, ao menos nesse primeiro momento. Aliás, o que os pesquisadores observaram foi um aumento pequeno e passageiro da atividade dessa área cerebral.

    A equipe acredita que o resultado parece ser favorável à ideia de que é preciso reduzir o teor de frutose nos alimentos industrializados, especialmente em países como os EUA.

    Fonte: R7.com