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Chuva e calor favorecem aumento de incidência da aranha viúva-marrom em Minas

    Animal é pequeno, mas possui veneno tóxico que pode matar, e tem sido encontrado com maior frequência em áreas residenciais.

    A combinação de chuva e calor, além de aumentar a proliferação de mosquitos e pernilongos e, consequentemente, de doenças como a dengue, favorece o aparecimento de outros animais que também representam riscos para a saúde pública. A aranha viúva-marrom (Latrodectus geometricus), por exemplo, é um animal pequeno, mas com veneno altamente tóxico e que tem sido encontrada com maior frequência em áreas residenciais no período chuvoso e de altas temperaturas.

    “Até então, o aparecimento e captura dessa aranha em Minas era raro. Não tínhamos exemplares dela no Serviço de Animais Peçonhentos da Funed até o mês passado”, conta o chefe do Serviço, Rômulo Righi de Toledo. Segundo ele, depois que um exemplar do animal foi encontrado em Lagoa Santa, a Fundação Ezequiel Dias (Funed) entrou em contato com a Secretaria de Estado de Saúde e com o Hospital João XXIII para registro da incidência do animal do Estado.

    “Essa espécie de aranha tece uma teia em formato de um balão que é facilmente transportada pelo vento. Costuma ser encontrada em jardins, materiais de construção e lugares sujos”, explica Rômulo Toledo. Ele diz que, apesar de pequena e de atacar somente quando é provocada, a picada da viúva-marrom pode provocar a morte, dependendo das condições imunológicas do paciente. ” O veneno dessa aranha tem uma ação neurotóxica que atinge o sistema nervoso do homem, e, se não tratado em tempo hábil, o quadro clínico pode ser agravado ao óbito”, afirma Rômulo.

    Os sintomas da picada podem variar de leves a graves. Os mais comuns são dor, edema e sudorese no local, além de dor nos membros inferiores, sensação de formigamento (parestesia) em alguns membros, tremores e contraturas. Em casos mais extremos, pode provocar dor abdominal, sudorese generalizada, taquicardia e retenção urinária.

    Fonte: isaúde