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Brasil alcança países desenvolvidos em resultados terapêuticos da leucemia

    Consórcio mostra a capacidade da condução de estudos clínicos de alta complexidade e com base na realidade do País

    Estudo organizado por consórcio internacional entre países em desenvolvimento e desenvolvidos, mostrou que por meio do networking e da educação médica é possível obter resultados promissores e semelhante no tratamento e na qualidade dos cuidados em casos da onco-hematologia, em especial a leucemia promielocítica aguda (LPA), doença-alvo da pesquisa devido à sua gravidade, com elevado índice de mortalidade precoce, porém de bom prognóstico se detectada e tratada em fase inicial.
    Publicado na revista Blood , periódico científico de referência mundial na especialidade da Sociedade Americana de Hematologia (ASH, na sigla em inglês), o artigo contou com a participação do Brasil, do México, Chile, Uruguai, além dos Estados Unidos e Europa e destaca o desempenho brasileiro na área.
    ” A cooperação mostrou a capacidade do Brasil em conduzir estudos clínicos de alta complexidade, com base na realidade do País, obtendo resultados semelhantes aos descritos nos países desenvolvidos. ” Além disso, expõe os desafios, pontos fracos e dificuldades da promoção de ciência no Brasil, em termos de financiamento e realidade do funcionamento de sua rede pública, entre outros itens, ao mesmo tempo que o coloca num patamar diferenciado em relação aos demais países em desenvolvimento” , relata o coordenador do o Consórcio Internacional de LPA no Brasil, o pesquisador do Centro de Terapia Celular do Hemocentro de Ribeirão Preto (CTC-HRP) e hematologista Eduardo Rego.
    Rego, que também é membro da diretoria da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), conta que por meio da iniciativa da Sociedade Americana de Hematologia (ASH), nasceu o primeiro modelo de estudo em países em desenvolvimento em forma de consórcio da história da hematologia. ” Esse modelo e a maneira com que conduzimos o estudo são inéditas. Mostramos que a internet também é uma ferramenta que contribui para os avanços em medicina” .
    Outras sete instituições brasileiras de referência participam do Consórcio: Unicamp, Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo, Fundação Hemope (Pernambuco); Universidades Federais de São Paulo, do Paraná, do Rio Grande do Sul, e Minas Gerais. Completam a lista México, Chile e Uruguai, além de instituições dos Estados Unidos e Europa.