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Anfetaminas para emagrecer: Respostas da Doutora

    Respostas da Doutora Sonia feita por usuários de Orientações Médicas, sobre:

    Anfetaminas para emagrecer / Toxoplasmose / Lesões em coluna vertebral

     

    Anfetaminas para emagrecer

    Não acredito na utilização de remédios para emagrecer, principalmente em se tratando das anfetaminas, que são medicamentos que viciam (cada vez você precisa tomar doses mais altas para atingir o efeito desejado, ou seja, baixar a ansiedade e parar de comer) e que só funcionam enquanto a pessoa está tomando. Parou de tomar, a pessoa engorda mais do que estava antes. Os efeitos colaterais mais freqüentes, principalmente com o uso prolongado são: irritabilidade; depressão; disforia (uma mistura de humor instável, euforia, irritação, agressividade e depressão); perda de memória; cefaléia (dor de cabeça); confusão mental; alucinações; Uma boa maneira de descrever o estado de irritabilidade, humor repressivo, “pavio curto” que essas pessoas apresentam, é como se fosse uma TPM de mês inteiro. Se você tem problemas na tireóide, precisa estar equilibrada nesta área para conseguir emagrecer. Não acredito tampouco em dietas milagrosas. Acredito sim em mudança de estilo de vida, alimentação saudável e exercícios físicos aeróbicos.

    Toxoplasmose

    A toxoplasmose é uma doença infecciosa causada por um protozoário próprio dos gatos chamado Toxoplasma. A doença pode determinar quadros variados, desde ausência de sintomas até doença com manifestações graves. A transmissão pode ser por três vias: por ingestão de cistos do solo, areia, qualquer lugar onde possam existir fezes de gatos; por ingestão de cistos de carne crua ou mal-passada, principalmente de porco ou carneiro; por contaminação da gestante para seu feto. A doença não é transmitida de uma pessoa para outra, com exceção de mulher grávida para seu feto. Os sintomas são muito variados, dependentes também da imunidade do paciente. O início dos sintomas pode variar de cinco a 30 dias após a contaminação. Podemos distinguir algumas manifestações mais chamativas: Doença febril: febre e manchas pelo corpo como sarampo ou rubéola; pode haver sintomas localizados nos pulmões, coração, fígado ou sistema nervoso. A evolução dos sintomas tem curso benigno, isto é, autolimitado. Linfadenite: são as famosas ínguas pelo corpo, mais localizadas na região do pescoço e raras vezes disseminadas. Doença ocular: é a doença mais comum no paciente com boa imunidade, inicia com dificuldade para enxergar, inflamação, podendo até terminar em cegueira. Toxoplasmose neonatal: infecção que ocorre no feto quando a gestante fica doente durante a gravidez, podendo ser sem sintomas até fatal dependendo da idade da gestação; quanto mais cedo se contaminar, pior a infecção. Por isso a importância do pré-natal. Toxoplasmose e AIDS/Câncer: como a imunidade do paciente está muito diminuída, a doença se apresenta de forma muito grave, causando lesões no sistema nervoso, pulmões, coração e retina. Como a doença apresenta sintomas muito variados, é muito importante uma consulta com médico especializado (infectologista) para a detecção dos fatores de risco para a contaminação e para estudos por exames de sangue específicos. Somente uma coleta de sangue não será suficiente para o diagnóstico definitivo.

    Lesões em coluna vertebral

    A dor na coluna é um sintoma referido por mais de 80% da população em algum momento da vida e é um dos motivos mais freqüentes que leva o paciente ao consultório do clínico geral, sendo superado apenas pela dor de cabeça. Além disso, é responsável por um terço das queixas reumatológicas. O termo lombalgia é usado para definir a dor nas costas devido a um grande número de doenças. Da mesma maneira, cervicalgia aplica-se à dor na região do pescoço. A dor nas costas pode ser devido a um grande número de fatores e doenças, pois praticamente todas as estruturas da coluna podem causar dor, como: discos, músculos, ligamentos, nervos e mesmo outras estruturas que não fazem parte da coluna. Fatores de risco para a dor na coluna vertebral: Obesidade; Distúrbio mecânico/estrutural; Tensão emocional: ansiedade, depressão; Esforços excessivos; Má postura; Idade, sexo, raça; Condições sócio econômicas; Atividade profissional. Doenças que podem causar dor na coluna vertebral: Traumatismos: comum em tecidos moles (distensão muscular, tendão, ligamentos), fraturas e hérnias discais; Malformações congênitas; Mecânico-posturais: postura viciosa, obesidade, gravidez, encurtamento dos músculos posteriores das pernas; Doenças de partes moles: fibromialgia, dor miofacial; Degenerativas: artrose; Inflamatória não-infecciosa: artrite reumatóide, artrite reumatóide juvenil, pelvespondilite anquilosante, artrite psoriática, Síndrome de Reiter e outras; Infecciosa: tuberculose e outras bactérias; Metabólica: osteoporose etc.; Tumores: benignos e malignos; Psicogênica: de ordem emocional. A dor pode se manifestar de diferentes formas: – Localizada: dor sentida em um ponto ou uma área; – Irradiada: dor na coluna acompanhada por dor em outra área. É uma dor sentida à distância. Quando a dor é intensa ou prolongada, a tensão muscular é elevada e pode influenciar o quadro. Na presença de dor, tensionamos os músculos da região como reflexo de proteção. Se contraídos por muito tempo, eles começam a doer, aumentando o mal estar. Por isso, em muitos casos a dor não provém propriamente da disfunção, mas da tensão muscular. Muitas vezes não conseguimos dizer onde é que a dor se localiza exatamente e pode parecer que ela muda de lugar durante o dia ou de um dia para outro.

     

    Referências:

    • Programa de Educação a Distância de Medicina Familiar e Ambulatorial – PROFAM – 8 módulos, entre 2002 e 2003, diferentes gráficas, Argentina.
    • Medicina Ambulatorial: Condutas de Atenção Primária Baseadas em Evidências, 3ª edição, Bruce B. Duncan, Artmed, 2004
    • Medicina Interna, Harrison, 2 volumes, 8ª edição, Guanabara Koogan, 1980, Rio de Janeiro
    • Blakbook Clínica Médica, Ênio Roberto Pietra Pedroso e Reynaldo Gomes de Oliveira, 1ª edição, Blakbook Editora, 2007, Belo Horizonte
    • Guide Familial des Medecines alternatives est ládaptation française de Family Guide to Alternative Medicine, publie par The Reader’s Digest Association Limited, London, 1991.
    • Manual de Matéria Médica Homeopática, sintomas-guia e características dos principais medicamentos (clínicos e patogenéticos), Willian Boericke, 1997, Robe Editorial, São Paulo
    • Patologia do Trabalho, René Mendes, Editora Atheneu, 1995, Rio de Janeiro
    • Manual de Medicina de Família e Comunidade, Ian R, mcWhinney, 3ª edição, 2010, Artmed, Porto Alegre, RS