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Acupuntura sem agulhas

    Quando se fala de acupuntura muita gente torce o nariz por causa das agulhas. Apesar de os especialistas garantirem que elas não causam dor, medo e trauma podem afastar pacientes do alívio ou mesmo da cura dos seus males.

    Para essas pessoas, existe a acupuntura sem agulhas, que usa outros métodos de estimulação.

    localização regiões corpo acunputura

    “Acupuntura sem agulhas significa usar os mesmos pontos da técnica milenar”, disse o médico especialista na área, Ruy Tanigawa, presidente da Associação Médica Brasileira de Acupuntura (AMBA).

    A técnica faz parte da medicina tradicional chinesa praticada há milhares de anos e consiste no estímulo de determinados pontos (meridianos) a fim equilibrar as energias do corpo e mantê-lo saudável.

    Um dos procedimentos que substituem as agulhas, segundo Tanigawa, é a moxabustão, cujo calor decorrente da queima de uma planta (artemísia) faz o estímulo igual ao da agulha. “O procedimento geralmente é feito com um bastão e com o cuidado de não queimar a pele.”

    Mais moderno, o laser de baixa potência também pode fazer as vezes das agulhas. Nesse caso, o estímulo ocorre por meio da absorção da radiação luminosa pelas células da pele no ponto que está sendo tratado.

    A eletroestimulação também é usada para substituir as agulhas e é feita com um aparelho cujos imãs liberam cargas eletromagnéticas para estimular os meridianos da acupuntura tradicional.

    Existe ainda um tipo de adesivo produzido com silício cristalizado e aglutinado com celulose vegetal (materiais 100% naturais). O silício é conhecido pela capacidade de ordenar ondas e frequências, o que permite a estimulação dos pontos, assim como as agulhas.

    Segundo Tanigawa, a acupuntura, seja por meio de agulhas ou de outros métodos, é indicada para aliviar dores intensas (coluna, pernas, cabeça e rins, entre outros), como também para tratar as causas das doenças.

    Indicação

    A acupuntura sem agulhas ainda é pouco procurada em comparação com a tradicional, de acordo com o presidente da AMBA. Mesmo assim, há boas indicações, como demonstra o acupunturista Gilberto Agostinho, de São Paulo:

    • pacientes agitados ou que tenham medo de agulhas (apesar de serem indolor, já que são extremamente finas, com diâmetro de 0,020 mm)
    • pacientes com doenças mentais, pois podem retirar as agulhas durante a sessão crianças pequenas e agitadas
    • bebês

    Veja também, na CBN:

    Acupuntura busca entender o ser humano em sua totalidade

    Ruy Tanigawa
    Tania Morales recebe Ruy Tanigawa em conversa sobre acupuntura. Crédito: Gabriela Rangel/CBN

    Aqui » Entrevista com Ruy Tanigawa, presidente da Associação Médica Brasileira de Acupuntura.